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  • Foto do escritorEducom UFU

Mais uma edição do “Café com Paulo Freire” é modelo de resistência

Atualizado: 26 de abr. de 2019

Por: Loise Monteiro e Sara Camelo


A sétima edição do Café com Paulo Freire aconteceu na tarde da última terça, 16, no Campus Santa Mônica da UFU, e se tornou mais um motivo de se ter esperanças na prática de uma comunicação conscientizada. Através de uma roda de conversa promovida pela disciplina de Comunicação e Educação, os ingressantes do curso de Jornalismo puderam debater sobre a obra “Extensão ou Comunicação”, do autor homenageado no evento. Além da discussão sobre a educomunicação no meio jornalístico, os discentes puderam interagir e aproveitar um café da tarde preparado pelos monitores da disciplina.


O evento contou com debates entre os estudantes sobre os conceitos freirianos e suas aplicações na prática jornalística. Foto: Leonardo Vassoler

Betina Scaramussa, uma dos monitoras, conta que a ideia de cada calouro apresentar a palavra mais marcante durante a leitura foi um consenso no momento de elaboração do Café. Ela acredita também que é essencial debater os conceitos de Paulo Freire no contexto atual. “Essa dinâmica de roda de conversa e troca de experiências é muito importante, porque conseguimos entender o posicionamento e a reflexão que cada um teve ao ler o livro”, conta a estudante.


A ingressante do curso Bianca Xavier escolheu a palavra “partilha” como a mais marcante da obra. “O conhecimento é a partilha de um ser com o outro, por meio das vivências, opiniões e conhecimento de cada um”, explana ao aproximar o conceito da atividade jornalística. Já Helder Rodrigues, também estudante do primeiro período, considera o Café um espaço para compartilhar as diferentes visões. “As pessoas não são pedras que vamos talhar. Do mesmo jeito que temos influência sobre as pessoas, elas também têm sobre nós. Por meio do diálogo, eu consegui perceber melhor essa relação”, diz.


A obra de Paulo Freire é referência no campo educomunicacional por discutir sobre uma educação emancipatória a partir da valorização dos sujeitos. Foto: Leonardo Vassoler

Diva Silva, professora da disciplina, conta que, ao promover um debate com pessoas de 17 a 20 anos sobre uma comunicação crítica e emancipatória, cria-se um motivo para esperança, principalmente, em um momento social e político em que as lições do autor são distorcidas. “Freire fala de ‘esperançar’, como verbo, e também como algo que nos move”, justifica. Segundo a docente, esta esperança deve ser depositada na valorização do sujeito, do lugar de fala, do pano de fundo social e do histórico de cada um. Para ela “Extensão ou comunicação” nos faz discutir hoje o exercício do jornalista e, ao mesmo tempo, não praticar a extensão do conhecimento, mas sim, uma comunicação conscientizada. ”A gente sai cansada mas motivada. Como se algo dissesse: Caminha! Continue caminhando!”, conclui.


Veja como foi o evento no vídeo e as considerações dos participantes:



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