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  • Foto do escritorEducom UFU

Evento organizado pelos grupos “Acolhidas” e “Todas por Ela” promove diálogo sobre assédio e estupro

Por: Duda Yamaguchi e Loise Monteiro


Amanda Gondim e Marília Freitas discutem os temas de assédio e estupro com base na Legislação. (Foto: Sara Oliveira)

Aconteceu, na segunda-feira 25 de junho, o evento “Dialogando sobre assédio e estupro”, realizado pelo grupo “Acolhidas”, no campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O debate, que ocorreu das 17h às 19h no auditório do bloco 5S, contou com a presença de Amanda Gondim, fundadora e voluntária do projeto “Todas por Ela”, e de Marília Freitas, advogada voluntária do “Acolhidas”. O evento, que aconteceu em forma de diálogo informativo, faz parte do projeto de estímulo ao debate do grupo Acolhidas, que oferece assessoria jurídica gratuita em casos de violência de gênero na Universidade.


Integrante do Acolhidas desde 2016 como advogada voluntária, Marília Freitas conta que a ideia de discutir esse assunto surgiu da necessidade da troca de conhecimentos, principalmente para as mulheres conseguirem identificar esses acontecimentos e saber como procurar ajuda. “São situações muito recorrentes, infelizmente, no cotidiano das mulheres. Nós estamos expostas e a maioria das mulheres tem dificuldade de reconhecer que esse tipo de situação acontece, como o assédio sexual, seja nos ambientes externos à Universidade ou internos. Então, o esclarecimento é muito importante”, justifica.


Marília Freitas, advogada voluntária do grupo "Acolhidas". (Foto: Loise Monteiro)

Amanda Gondim, que também participou do debate, é bacharel em Direito e fundadora do “Todas por Ela”, projeto semelhante ao “Acolhidas”, formado por alunas do Direto da UFU, que também visa dar assessoria jurídica gratuita às vítimas de violência doméstica, familiar e de gênero à comunidade interna e externa a UFU. Amanda explica a importância desses eventos para iniciar essa discussão que deve ser levada para além dos muros universitários. “Vivemos nessa cultura universitária que é um território de caça. Em festas, por exemplo, a própria cultura do estupro é propagada. A ideia é informar as pessoas sobre isso, quais os mecanismos que as mulheres têm para recorrer e como podem identificar um estupro, o que fazer caso aconteça com ela ou uma amiga”, conta.


Segundo Amanda, a falta de informações contribui para que denúncias não sejam feitas. “A demanda de mulheres que sofreram e sofrem violência sexual na cidade e não tem nem noção disso é muito grande. As pessoas não têm dimensão de que poderiam ter feito alguma coisa ou dos instrumentos para recorrer contra isso. O número de notificações de casos é muito baixo em relação ao que a realidade realmente demonstra que acontece.”, explica. Atualmente, o programa é parte da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e tem parceria com a Delegacia da Mulher, a Defensoria Pública e a ONG SOS Mulher e Família.


Amanda Gondim, fundadora do projeto "Todas por Ela". (Foto: Loise Monteiro)

Dessa forma, o evento foi responsável por fomentar um debate que deve se estender por toda Universidade e comunidade externa, diariamente. O diálogo, como forma de conscientização, é o início da mudança que deve ocorrer na sociedade, em busca de igualdade de gênero e respeito.


Para saber mais sobre o projeto “Acolhidas” entre em contato pela página do Facebook www.facebook.com/Acolhidas/ ou pelo e-mail acolhidas.ouvidoria@gmail.com. E para entrar em contato com o “Todas por Ela” ligue (34) 32916358.






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